Apresentação

Associação “Saúde Sabe Tene” – SSTENE (ONG) é uma Associação, de cariz humanitário, sem fins lucrativos e de natureza privada com sede em Sesimbra, na Rua Borges Carneiro, 27, Fração C, Charneca da Cotovia, 2970-848 Sesimbra.

A Associação “Saúde Sabe Tene” – SSTENE (ONG) tem por finalidade a sensibilização da sociedade portuguesa e outras comunidades para os problemas sócio humanitários e sanitários, bem como prestar assistência às populações e pessoas desfavorecidas da comunidade dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), particularmente da Guiné-Bissau, em Portugal e nos países de origem. Tem como objeto social:

  1. A SSTENE (ONG) propõe-se a prestar assistência nas áreas de saúde, implementando projetos de forma faseada, contínua e sustentável, em autonomia ou parceria e em coordenação e cooperação com as Entidades Locais e internacionais e com as demais envolvidas no planeamento e execução das respetivas Políticas Nacionais de Saúde.
  2. A SSTENE (ONG) tem as seguintes áreas de intervenção:
    • Formação pré-graduada e pós-graduada
    • Realização de eventos científicos
    • Telemedicina e videoconferências
    • Investigação clínica
    • Informação, sensibilização, promoção e educação para a saúde
    • Cuidados primários de saúde
    • Cuidados secundários de Saúde
    • Serviços farmacêuticos.

 

A SSTENE (ONG) pretende iniciar em 2018 um projeto de longo prazo na Guiné-Bissau que se chama GuiMed.

Este projeto tem como objetivo participar na prestação de cuidados de saúde às populações da Guiné-Bissau de forma abrangente (Bissau e outras regiões), faseada, contínua e sustentável, em parceria e em coordenação com o Governo do país e com as demais Entidades competentes envolvidas no planeamento e execução da Política Nacional de Saúde.

A fundamentação deste projeto baseia-se nos seguintes aspetos:

  • A Guiné-Bissau enfrenta desafios crónicos e constrangedores na área da saúde. Os constrangimentos têm sido vários, com realce para a instabilidade institucional governativa. O perfil de saúde é caracterizado por acentuadas assimetrias regionais. A precariedade financeira do país leva à significativa necessidade de intervenção de entidades externas para manter um nível mínimo de prestação de cuidados de saúde à população.
  • O regime de proteção Social é vestigial. A maior parte da população não tem acesso geográfico aos Serviços de Saúde. O acesso aos medicamentos essenciais é deficitário a nível público. O mercado de trabalho de saúde é dominado pelo sector público, cuja a distribuição dos profissionais de saúde não é harmónica. A formação de quadros locais está muito aquém das necessidades tanto ao nível de cuidados de saúde primários como secundários. A formação especializada não existe e a escassez e ineficiência de projetos de saúde estruturantes levou a uma massiva fuga de quadros profissionais na área da saúde.
  • O Programa de evacuações tem colocado enorme pressão sobre os parcos recursos públicos, contribuindo para uma elevada taxa de emigração ilegal. O Plano de Cooperação entre Portugal e os PALOP na área da saúde, contempla o envio para Portugal, de doentes cujas situações patológicas não sejam passíveis de resolução nos países de origem. Contudo, limitações de ordem orçamental, levaram a fixação de quotas, deixando assim, muitos necessitados, urgentes e em risco de vida, de fora. Acrescem a estes factos, os elevados custos financeiros e sociais (dificuldade de adaptação ao meio ambiente, dificuldade de comunicação e inexistência de famílias de acolhimento) que a deslocação dos doentes para o estrangeiro acarreta, quer para os Estados beneficiários, quer para os próprios doentes. O enumerar destes factos é por si só, esclarecedor e fundamentador das vantagens que o tratamento local destes doentes, poderá trazer para todos os lados envolvidos. O tratamento local dos doentes por profissionais competentes deslocados para os PALOP, não só minimiza os transtornos referidos como poderá servir de veículo de formação para profissionais locais nas áreas carenciadas, permitindo a médio e longo prazo, a gradual Independência da ajuda externa. É urgente dinamizar a complementaridade e a coerência das intervenções entre o Estado, o Sector Privado e as ajudas externas com vista a resolver o crônico problema da Saúde especializada no país.

 

O projeto “GuiMed” contempla as seguintes Áreas de intervenção:

  1. Formação e realização de eventos científicosParticipar​ na formação pré-graduada com disponibilização de docentes na Escola de Enfermagem, na Escola dos Serviços de Saúde e na Faculdade de Medicina, em regime temporário, por módulos e no formato de conferências e workshops; participar na formação pós-graduada com apoio em estágios e especialização localmente e em Portugal; realizar eventos científicos multidisciplinares e multitemáticos; implementar a telemedicina e videoconferências;
  2. Investigação clínicaImplementar​ e colaborar na realização de ensaios clínicos e estudos estatísticos de prevalência de doenças não infeciosas com grande impacto a nível da saúde pública;
  3. Informação, sensibilização, promoção e educação para a saúde -​ Promover campanhas de sensibilização na comunidade por agentes de saúde comunitária; Criar jornais murais com mensagens simples para afixação em locais públicos; Criar página ou coluna num jornal generalista e participar em programas televisivos e nas Rádios nacionais e comunitárias; Editar revista científica de saúde “Revista Guisaúde”​ ​;
  4. Cuidados primários de saúde – Realizar rastreios de saúde nas várias áreas; apoiar os Centros de Saúde com consultas médicas; implementar a Saúde Escolar, a Medicina de trabalho e a Medicina Desportiva; adquirir uma “Unidade Móvel de Saúde” para apoio dos Centros de Saúde, da Saúde Escolar e da Medicina de Trabalho;
  5. Cuidados secundários hospitalares Colaborar com as Unidades hospitalares na capacitação e nos recursos humanos e materiais em regime periódico e temporário; colaborar na triagem dos doentes candidatos às Juntas Médicas; mobilizar médicos especialistas nacionais na diáspora e estrangeiros para missões curtas, para realização de consultas e cirurgias nos hospitais nacionais;
  6. Serviços farmacêuticos criar postos de distribuição de medicamentos (donativos da Indústria farmacêutica) gratuitamente.

Não obstante os vários constrangimentos identificados, é sobejamente reconhecido o empenho do Estado da Guiné-Bissau na concretização do seu Plano Estratégico para a Saúde, sendo de particular importância o contributo das parcerias bilaterais e multilaterais, nomeadamente, com o Banco Mundial, BAD, OMS, UNICEF, União Europeia, Instituições Bancárias Regionais, ONG’s, Associações, entre outras.

É com intuito de poder dar o seu contributo que a Associação “Saúde Sabe Tene”- SSTENE, vem pelo presente instrumento, apresentar a sua manifestação de interesse em trabalhar em parceria com todas as forças vivas do país e na diáspora ligadas à área de saúde, em particular com as Instituições da Caritas da Guiné-Bissau, nomeadamente, com o Hospital Pediátrico de Bôr e o Hospital de Cumura, estas últimas com quem vem, há já algum tempo, desenvolvendo algumas atividades.

Conhecendo a realidade sanitária da Guiné-Bissau e o esforço desenvolvido pelas Instituições de saúde Bissau-guineenses, acreditamos que a aplicabilidade do nosso projeto” GuiMed”, poderá constituir uma mais-valia, contribuindo para o bem-estar das populações, para o melhoramento dos índices de saúde, para a minimização dos problemas com as Juntas Médicas e para a capacitação dos quadros e das Instituições de saúde locais.

Ao contar na sua base de quadros com profissionais de reconhecido mérito nacional e internacional, designadamente, médicos e enfermeiros com fortes ligações naturais, culturais e linguísticos à Guiné-Bissau, estamos convictos de que, a parceria com a nossa organização- Associação Saúde Sabe Tene, será bastante profícua primando-se pela diferença na positiva.

Almejando um futuro próspero para a Guiné-Bissau, com especial incidência para a saúde da sua população, levamos a nossa proposta de parceria `a consideração de todos os amigos e amantes da causa humanitária, esperando que a mesma possa merecer a vossa melhor atenção.

 

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