Guiné-Bissau

Bandeira

Guiné-Bissau, oficialmente República da Guiné-Bissau, é um país da África Ocidental que faz fronteira com o Senegal ao norte, Guiné ao sul e ao leste e com o Oceano Atlântico a oeste. O território guineense abrange 36.125 quilómetros quadrados de área, com uma população estimada de 1,6 milhão de pessoas.

Guiné-Bissau fazia parte do Reino de Gabu, bem como parte do Império do Mali. Partes deste reino persistiram até o século XVIII, enquanto algumas outras estavam sob domínio do Império Português desde o século XVI. No XIX, a região foi colonizada e passou a ser referida Guiné Portuguesa. Após a independência, declarada em 1973 e reconhecida em 1974, o nome de sua capital, Bissau, foi adicionada ao nome do país para evitar confusão com a Guiné (a antiga Guiné Francesa). Foi a primeira colónia portuguesa no continente africano a ter a independência reconhecida por Portugal.

Situada aproximadamente a meia distância entre o Equador e o Trópico de Câncer, a Guiné-Bissau tem clima tropical, caracteristicamente quente e húmido. Há duas estações distintas: a estação das chuvas e a estação seca. O território insular, composto por mais de 80 ilhas, exibe algumas das melhores praias da África Ocidental.

Mapa Guiné-Bissau

A estação das chuvas estende-se de meados de Maio até meados de Novembro, com maior pluviosidade em Julho e Agosto. A estação seca corresponde aos restantes meses do ano. Os meses de Dezembro e Janeiro são os mais frescos. No entanto, as temperaturas são muito elevadas durante todo o ano.

A Guiné-Bissau possui um património cultural bastante rico e diversificado. As diferenças étnicas e linguísticas produziram grande variedade a nível da dança, da expressão artística, das profissões, da tradição musical, das manifestações culturais. A dança é, contudo, uma verdadeira expressão artística dos diversos grupos étnicos. Os povos animistas caracterizam-se pelas belas e coloridas coreografias, fantásticas manifestações culturais que podem ser observadas correntemente por ocasião das colheitas, dos casamentos, dos funerais, das cerimónias de iniciação.

O estilo musical mais importante é o gumbé. O Carnaval guineense, completamente original, com características próprias, tem evoluído bastante, constituindo uma das maiores manifestações culturais do País. Na literatura, ainda considerada incipiente, destacam-se os nomes de de Abdulai Silla, autor do primeiro romance de Guiné-Bissau, e Marinho de Pina.

A música da Guiné-Bissau é geralmente associada com o gumbé, um gênero polirrítmico, a principal exportação musical do país. No entanto, a agitação civil e outros fatores se combinaram ao longo dos anos para manter o gumbé e outros gêneros longe do público, mesmo nos países africanos, em geral sincretistas.

O estilo “Gumbé” tem juntado mais de uma dezena de géneros musicais – conhecidas como músicas folclóricas ou tradicionais. Alguns exemplos destes estilos são: Tina, Tinga, Brocxa, Kussundé (da etnia Balanta), Djambadon (Mandinga) e Kunderé (Bijagós). Embora alguns destes estilos sejam específicos de algumas cerimonias como sendo as cerimonias fúnebres e alguns rituais, aos poucos estão sendo introduzidos na música contemporânea de Gumbé.

Kóra é constituído por uma cabaça com adaptação de uma viola, estando a parte aberta, forrada com couro de cabra, atravessada de lado a lado por um pau redondo que forma o braço principal do instrumento. Este liga-se às cordas feitas de tendões de boi, ou couro de gazela convenientemente preparados. As cordas estão dispostas verticalmente em número de vinte e uma (o seu número pode variar entre 19 e 24 cordas).

Actualmente a corda de Kóra é feita de fio de nylon e de um tipo especial de cabaça com melhores qualidades de som. O tocador do Kóra em mandinga chama-se Kóra-Djaló(Djidiu de Kóra).

É usado ou tocado actualmente na Guiné-Bissau e em quase toda a África Ocidental nas cerimónias religiosas, e festas de casamento, baptismo, etc. Antigamente servia para celebrar as vitórias alcançadas nas guerras, encorajar os Mansas (Reis e Imperadores mandingas) nos combates.

A palavra gumbé às vezes é usado genericamente, para se referir a qualquer música do país, embora se refira mais especificamente a um estilo musical único que combina cerca de dez tradições da música popular do país. Tina e tinga são outros gêneros populares, enquanto tradições populares incluem músicas cerimoniais usada em funerais, iniciações e outros rituais, além da brosca e kussundé dos balantas, o djambadon dos mandingas e o kundere do Arquipélago dos Bijagós.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guin%C3%A9-Bissau
Fonte: https://www.facebook.com/nobaiguinebissau/